O maior acidente radioativo do Brasil (e o maior do mundo fora de uma usina nuclear) aconteceu em
Goiânia, em 1987.
A tragédia começou quando dois jovens catadores de materiais recicláveis encontraram um aparelho de radioterapia encontrado em um prédio público abandonado. Eles pensavam em retirar o chumbo e o metal para vender e ignoravam que dentro do equipamento havia uma cápsula contendo césio-137, um metal radioativo.
Depois de cinco dias, foi vendido para um dono de um ferro-velho, que abriu a cápsula. A noite, o comprador constatou que o material tinha um brilho azul muito intenso e o levou para dentro de casa. Entre os dias 19 e 26 de setembro, a cápsula com o césio foi mostrada para várias pessoas que passaram pelo ferro-velho e também pela casa da família.
A vítima com a maior dose de radiação do acidente foi a filha do comprador, de 6 anos de idade. O pai havia mostrado para filha e esta havia ficado encantada com o brilho azul, brincando muito com o material.
Inicialmente, quando uma equipe internacional chegou a tratá-la, ela estava confinada a um quarto isolado no hospital porque os funcionários estavam com medo de chegar perto dela. Ela desenvolveu gradualmente inchaço na parte superior do corpo, perda de cabelo, danos nos rins, pulmões e hemorragia interna.
Em seu enterro houve um início de tumulto no cemitério, onde mais de 2.000 pessoas, temendo que seu cadáver envenenaria toda a área, tentou impedir seu enterro usando pedras e tijolos para bloquear a rua do cemitério . Depois de dias de impasse, a garota foi enterrada em um caixão de chumbo lacrado.
Quatro vitimas foram fatais, todas da família do comprador, incluindo a garota. Cerca de 104 morreram com os efeitos prolongados até 2012, e mais de 1600 foram afetadas diretamente.
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